No começo dos anos 70, começaram a aparecer os primeiros discos
bootlegs dos Beatles. Como a perspectiva dessas gravações raras
saírem oficialmente parecia remotas, os fãs passaram a pagar fortunas por cópias desses discos, normalmente prensadas em
tiragem limitadas de no máximo mil cópias.
Na segunda metade da década de 80, a pirataria se sofisticou e
entrou de sola na era CD, com lançamentos de uma qualidade
sonora e de apresentação comparáveis, se não superiores, ao de
discos oficiais. Um bom exemplo é a caixa de nove Cds "The
Complete BBC Sessions", ou mesmo os Cds simples "Sessions"
e "Celluloid Rock". Para a felicidade dos fãs, os preços se
reduziram a valores mais compatíveis com os bolsos de todos,
além desses discos serem encontrados com maior facilidade. A
principal origem dessa pirataria é a Itália, onde uma legislação
com brechas permitiu o lançamento desses discos sem problemas
legais. Várias das gravações incluídas nos Cds "Live At The BBC"
e "Anthology" já eram conhecidas a muito tempo por aqueles que
sempre investiram na pirataria.
São várias as origens dos materiais contidos nos discos bootlegs
dos Beatles.
Um manancial que parece iuesgotável consiste nas inúmeras horas
de gravações feitas no início de 69 em função do projeto filme
"Let It Be". Além de incontáveis versões alternativas para as
faixas que fazem parte da trilha original desse filme, também
existem músicas nunca gravadas oficialmente pela banda, rascunhos, canções inacabadas e muito papo entre os quatro músicos.
Durante a gravação de seus discos, os Beatles às vezes deixavam
algumas canções de lado, e fitas com essas músicas caíram nas
mãos da pirataria. Há curiosidades, como canções que começaram
a ser trabalhadas pelos Beatles e que no entanto só saíram oficialmente em discos individuais de John< Paul e George após a
separação da banda, como por exemplo "All Things Must Pass",
"Not Guilty", "Teddy Boy" e "Oh ! My Love".
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