A história dos Beatles é incrível. Eles não apenas criaram algumas das
mais populares músicas na história do rock'n'roll, mas quando a revista
Rolling Stone fez
sua lista das 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos, os Beatles
derrotaram todos os outros artistas com a impressionante marca de 23
músicas listadas.
Por uma semana em 1964, John, Paul, George e Ringo tiveram 12 músicas no Hot 100 da
Billboard,
incluindo as músicas número um, dois, três, quatro e cinco. Ninguém
conseguiu esse feito antes ou depois disso. A lista a seguir é uma
amostra do arsenal musical da banda, com 25 dos seus maiores sucessos.
1. "I Want to Hold Your Hand" (1963) Música que
deu início à "Invasão Britânica" e se tornou a primeira música dos
Beatles a liderar a parada americana. Ela fez muito sucesso também em
outros lugares e foi o single de melhor vendagem ao redor do mundo.
2. "She Loves You" (1963) Quando
essa música fez sua estréia na América em setembro de 1963, ela não
recebeu muita atenção. Mas, em janeiro de 1964, ela foi relançada após o
sucesso de "I Want to Hold Your Hand" e, dessa vez, passou 15 semanas
nas paradas americanas, chegando ao número um em 21 de março.
3. "From Me to You" (1963) Primeira música dos
Beatles a chegar ao topo da parada britânica, foi escrita por John e
Paul enquanto viajavam em uma turnê de ônibus. Ela não teve muito apelo
nos Estados Unidos, chegando apenas ao número 41 no seu segundo
lançamento em 1964. Entretanto, do outro lado do oceano, essa seria a
primeira de 11 músicas número um.
4. "Twist and Shout" (1964)
Se você já dançou ao som dessa versão dos Beatles para a música dos
Isley Brothers, percebeu que a voz de John está bem diferente do que se
ouve em outras músicas do grupo.
Durante as gravações do álbum
Please, Please Me, John começou a
perder a voz. O produtor Brian Epstein adiou a gravação de "Twist and
Shout" até o fim. Então, a voz de John estava por um fio e soava cansada
- ele forçou bastante a voz durante quase toda a música.
O
clássico foi gravado em apenas um take não apenas por ser tudo o que
John aguentava, mas também porque ela saiu praticamente perfeita desde o
início.
5. "Can't Buy Me Love" (1964) A pressão para
criar outro grande sucesso após "I Want to Hold Your Hand" não afetou os
Beatles. Esta música foi uma das primeiras a começar com o refrão. A
fórmula funcionou como um feitiço, criando outra música a liderar as
paradas nos Estados Unidos e na Inglaterra.
6. "A Hard Day's Night" (1964)
Este estranho emprego de palavras foi criado por Ringo, que
freqüentemente misturava palavras e frases americanas. Ele estava
afirmando que a banda havia tido um dia difícil, mas então percebia que
já era noite. "A Hard Day's Night" se tornou outra música a liderar as
paradas e serviu como título para o documentário sobre a banda que foi
lançado no mesmo ano.
7. "I Feel Fine" (1964)
Esta música surgiu de um momento de descanso de John e Ringo, que estavam brincando com um
riff
que John havia criado enquanto trabalhava em "Eight Days a Week". "I
Feel Fine" se tornou líder das paradas em todos os maiores mercados. A
música continha reverberação. Jimi Hendrix e The Who estavam usando este
efeito em seus shows, mas os Beatles foram os primeiros a transportá-lo
para o vinil.
8. "Eight Days a Week" (1965)
O título desta música foi novamente baseado em um "Ringoísmo". O
baterista alegava que estava trabalhando tanto que tinha que adicionar
um dia à semana. Apesar de a música ter se tornado número um nos Estados
Unidos, não era uma das favoritas da banda e eles raramente a tocavam
ao vivo.
9. "Ticket to Ride" (1965)
O significado por trás desta música não é claro. Ela poderia ser
sobre uma prostituta, sobre John tirando sua carteira de motorista, ou
sobre uma garota saindo pela porta. Qualquer que seja o assunto, é uma
música contagiante que chegou ao topo das paradas tanto nos Estados
Unidos quanto no Reino Unido.
10. "Help!" (1965)
John admitiria mais tarde que ele compôs a letra de "Help!" após
lidar com as pressões de ser componente de uma banda que era, assim como
ele notoriamente disse, "maior do que Jesus". Ele disse que desejava
que a música tivesse sido gravada em um ritmo mais lento, mas os fãs
acharam que estava boa, tornando-a outra música número um no topo das
paradas.
11. "Yesterday" (1965)
Esta canção melancólica sobre um amor perdido aparentemente surgiu
para Paul em um sonho, então ele temia que, inconscientemente, houvesse
plagiado o trabalho de algum outro artista. Mas, isso não havia
acontecido e, uma vez que a letra foi finalizada, ele gravou a música no
estúdio sem a presença dos outros três Beatles. A música alcançou o
número um nos Estados Unidos, mas os outros membros da banda foram
inicialmente contrários ao seu lançamento no Reino Unido.
12. "We Can Work It Out" (1965)
Outro single de rápida vendagem para o Fab Four. Esta melancólica
colaboração entre Lennon e McCartney tocou o coração dos apaixonados.
Quando os Beatles se separaram, essa música virou um tema irônico e
agourento para um grupo que no fim das contas não conseguia resolver
seus problemas.
13. "Day Tripper" (1965)
Apesar de os Beatles terem negado por mais de 40 anos, Paul revelou
em uma entrevista em 2005 que sim, "Day Tripper" fala sobre drogas.
Naquele tempo, ninguém sabia (ou não se importavam) e a música, lançada
juntamente com "We Can Work It Out" alcançou rapidamente o primeiro
lugar.
14. "Nowhere Man" (1966)
Esta canção bastante perturbadora, escrita por John, que fala de um
homem cuja vida é solitária e sem sentido, acabou se tornando, de alguma
forma, autobiográfica.
John, segundo boatos, tinha que criar outra música para o álbum
Rubber
Soul, mas após várias horas sem escrever nada, ele desistiu. E
foi, então, que a música simplesmente apareceu. "Nowhere Man" chegou
apenas ao 3° lugar das paradas norte-americanas.
15. "Paperback Writer" (1966)
Esta canção número um foi criada por Paul após uma tia,
supostamente, ter lhe pedido que escrevesse uma música que não fosse
sobre uma garota. A canção é embalada por uma batida rápida e conta a
história de um aspirante a escritor, possivelmente baseado em um livro
que Ringo estava lendo na época.
16. "Yellow Submarine" (1966)
Apesar de Paul negar veementemente, "Yellow Submarine" (a música que
mais tarde serviu de inspiração para o filme de animação de mesmo nome)
ganhou a reputação de ser uma música sobre o uso de drogas
alucinógenas. Ringo faz os vocais principais nessa música tola, mas
contagiante, que alcançou o topo das paradas inglesas e o número 2 nos
Estados Unidos.
17. "Eleanor Rigby" (1966)
Esta canção melancólica mais tarde provou ao mundo que os Beatles
não eram apenas fogo de palha. Paul escreveu as letras para esta música
sobre "todas as pessoas solitárias" e o produtor George Martin adicionou
uma magnífica orquestra de cordas. Tudo se misturou para descrever a
solidão da velhice. Ela chegou ao topo das paradas britânicas, mas
apenas ao 11° lugar nas paradas americanas.
18. "Hello, Goodbye" (1967)
Passando várias semanas no topo das paradas americanas e inglesas,
"Hello, Goodbye" foi lançada perto do Natal de 1967 e acabou fazendo
parte do álbum
Magical Mystery Tour.
19. "With a Little Help from My Friends" (1967)
Os gritos e aplausos que seguem esta canção de Ringo vieram de
antigas gravações de shows dos Beatles, já que eles não estavam mais
excursionando quando a música foi gravada. O single não chegou ao topo
das paradas, mas tinha uma doce mensagem e uma melodia contagiante que a
tornou um clássico entre os fãs do grupo.
20. "Lady Madonna" (1968)
Antes de os Beatles irem para a Índia em 1969 (e mudarem seus rumos
musicalmente), eles gravaram uma última música para a
Parlophone/Capitol
antes de lançarem seu próprio selo, Apple Records. "Lady Madonna"
foi essa música. Ela chegou ao topo das paradas britânicas e ao terceiro
lugar das paradas nos Estados Unidos.
21. "Hey Jude" (1968)
Apesar de a letra não fazer muito sentido, apesar de a versão
original da música ter mais de sete minutos de duração, e mesmo sendo
tecnicamente uma música sobre divórcio, essa é uma canção amada por
muitas pessoas. Escrita por Paul para o filho de John, Julian, durante o
divórcio de seus pais, "Hey Jude" liderou a parada americana por nove
semanas, um recorde para qualquer música dos Beatles. Do outro lado do
oceano, a versão completa da música ficou no topo das paradas por duas
semanas.
22. "Come Together" (1969)
Originalmente escrita para a curta campanha de Timothy Leary a governador, "Come Together" foi lançada no álbum
Abbey Road
em 1969. A música também foi alvo de um processo pela gravadora de
Chuck Berry, que afirmava que um verso de uma das músicas de Berry havia
sido roubada e utilizada nessa canção dos Beatles. O processo foi
acertado fora do tribunal. A música chegou ao primeiro lugar das paradas
norte-americanas e ao quarto lugar na paradas inglesas.
23. "Get Back" (1969)
Última faixa do álbum
Let It Be, esta música diz ao ouvinte para "voltar ao lugar onde você já pertenceu". Depois de
Let It Be,
os Beatles não lançaram mais nenhum álbum como um grupo. O single
chegou ao número um ao redor do mundo e foi a primeira música dos
Beatles a creditar um quinto músico, Billy Preston, nos teclados.
24. "Let It Be" (1970)
O álbum
Let It Be, lançado em 1970, pouco tempo após a
banda ter se separado oficialmente, foi a música de despedida do grupo. O
single foi um grande sucesso ao redor do mundo, alcançando o topo das
paradas americanas e o segundo lugar das paradas britânicas. Paul se
inspirou a escrever a letra após sonhar com sua mãe (Mary), que morreu
quando ele tinha 14 anos. A temática da música sobre entrega e rendição
conquistou milhões de fãs. "Let It Be" é freqüentemente tocada em
funerais, devido à sua mensagem de despedida e de esperança.
25. "The Long and Winding Road" (1970)
Esta triste canção sobre amor não correspondido, também lançada após
a separação da banda, foi a última música dos Beatles a liderar as
paradas americanas. Dizem que Paul a escreveu durante uma época em que a
tensão era dominante entre os membros da banda.